Paulo Freire disse: “a educação, qualquer seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática”. Isso mostra que tudo o que se ensina é, de fato, aplicado pelo estudante. A intervenção psicopedagógica foca no ambiente escolar.
A intervenção psicopedagógica é essencial para compreender e superar dificuldades de aprendizagem que afetam o desempenho escolar dos alunos. Por meio de estratégias individualizadas e de uma abordagem integrada entre escola, família e aluno, o psicopedagogo busca promover o desenvolvimento cognitivo, emocional e social. Essa atuação contribui para a melhoria da autoestima, a construção de habilidades e o alcance de melhores resultados acadêmicos, tornando o processo educacional mais inclusivo e eficaz.
Nesse Artigo, vamos destacar o papel crucial do psicopedagogo, o que ele faz e como ajuda no ensino. Vamos então ver, como a intervenção psicopedagógica pode mudar o jeito de os alunos aprenderem? Esta é a nossa próxima questão para responder. Como isso influencia no desempenho dos estudantes?
Principais Aprendizados
- A intervenção psicopedagógica é crucial para prevenir dificuldades de aprendizagem e promover o sucesso acadêmico.
- O psicopedagogo atua como mediador entre alunos, família e escola, desenvolvendo estratégias personalizadas de ensino-aprendizagem.
- A parceria entre família e escola é fundamental para o desenvolvimento integral do aluno.
- A construção de um ambiente favorável à aprendizagem, com adaptações curriculares e recursos adequados, é essencial.
- O psicopedagogo desempenha um papel vital na desmistificação das dificuldades de aprendizagem e na promoção da inclusão escolar.
1. Definição de Intervenção Psicopedagógica
A Intervenção Psicopedagógica é o processo de acompanhamento e suporte oferecido ao indivíduo com dificuldades de aprendizagem após a avaliação psicopedagógica. Com base nos resultados obtidos durante a avaliação, são propostas estratégias e atividades adequadas para estimular o processo de aprendizagem e superar as dificuldades identificadas. A intervenção psicopedagógica pode incluir atividades individualizadas, acompanhamento na sala de aula, orientação aos pais e professores, entre outras ações que visam promover o desenvolvimento educacional e o bem-estar do indivíduo.
Para lidar com alunos que têm dificuldades, a intervenção psicopedagógica examina cada caso. Seu objetivo é achar formas para que o aluno vença. O psicopedagogo procura entender por que o aluno não rende bem e como ele aprende no ambiente escolar.
Na instituição educacional, o psicopedagogo, segundo Barbosa (2000, p. 215):
[…] intervém a partir de ações que se caracterizem por uma atitude operativa, com objetivo de provocar no sujeito da aprendizagem a busca da operatividade, da resolução de um problema. Ele cria, mantém e fomenta a comunicação, para que os envolvidos possam desenvolver-se, progressivamente, a ponto de poderem aproximar-se afetivamente da tarefa e realizá-la.
Portanto, segundo Barbosa (2001, p. 25), […] a Psicopedagogia na escola transforma a ação individual em grupo, analisa os sintomas, considerando a gama de relações que existem em uma instituição e propondo projetos de atuação que apontem para uma mudança global sem deixar de atender os casos concretos que aparecem como sintoma.
Essa citação de Barbosa destaca o papel transformador da Psicopedagogia no ambiente escolar. Segundo a autora, essa abordagem vai além do atendimento individual, ampliando sua atuação para o nível grupal e institucional. A Psicopedagogia busca interpretar os sintomas observados nos alunos no contexto das relações existentes na escola, propondo intervenções que promovam mudanças abrangentes na dinâmica escolar. Contudo, essa transformação global não ignora as necessidades específicas, garantindo que os casos sejam específicos e atendidos com estratégias adequadas e específicas.
1.1 Objetivos da Intervenção Psicopedagógica
O objetivo principal da intervenção psicopedagógica é fornecer uma resposta especializada e personalizada às necessidades específicas de cada indivíduo, atuando de forma a prevenir, remediar e compreender as barreiras que podem interferir no processo do aprendizado. Nesse contexto, a intervenção se torna essencial para a construção de uma base sólida para o desenvolvimento acadêmico e emocional do aprendiz.
Rubinstein (1991) afirma que “a intervenção psicopedagógica tem como principal meta contribuir para que o aprendiz consiga ser um protagonista não só no espaço educacional, mas na vida em geral” (p. 104).
A partir da citação de Rubinstein (1991), o objetivo da intervenção psicopedagógica é ampliado para não apenas ajudar o aprendiz a superar dificuldades no ambiente escolar, mas também capacitá-lo a assumir um papel ativo e protagonista em diferentes contextos da vida. Essa abordagem busca fortalecer a autonomia, a autoconfiança e a capacidade de tomar decisões, promovendo o desenvolvimento integral do indivíduo. Assim, o psicopedagogo atua como facilitador, incentivando habilidades que vão além da aprendizagem acadêmica, impactando positivamente o cotidiano e as relações sociais do aprendiz.
O trabalho do psicopedagogo envolve escola e família. Ele incentiva o aluno a vencer os desafios. E ajuda a melhorar o desempenho, dando apoio a todos.
1.2 A Importância da Intervenção Psicopedagógica
Bossa (2007) afirma que a Psicopedagogia ajuda na aprendizagem humana, lidando com o problema de aprendizagem. Ela nasceu de uma necessidade, além da psicologia e da pedagogia. E cresceu porque havia meios para resolver esse problema. Ela se preocupa em primeiro lugar com o processo de aprendizagem.
A intervenção psicopedagógica decorre da ação do psicopedagogo, que aliado aos procedimentos e recursos auxiliares a sua prática orientada por uma abordagem transdisciplinar focaliza a superação ou minimização das dificuldades de aprendizagem (WEISS, 2001; CIASCA, 2003; BOSSA, 2007; NOFFS; RODRIGUES, 2011; ROTTA; BRIDI FILHO; BRIDI, 2016).
2. Intervenção Psicopedagógica e Desempenho Escolar
No contexto escolar, a atuação preventiva do psicopedagogo desempenha um papel fundamental no complexo processo de aprendizagem. É essencial observar e analisar diversos aspectos, como a forma como o aluno construiu seu conhecimento, suas relações com a escola, os professores e o conteúdo. Além disso, é importante considerar os fatores afetivos e cognitivos. A partir dessa análise, o psicopedagogo pode desenvolver práticas mais assertivas, promovendo um desenvolvimento harmonioso do aluno nas dimensões orgânica, emocional, cognitiva e social, de maneira equilibrada e integrada.
Segundo Bossa, “pensar a escola à luz da Psicopedagogia, significa analisar um processo que inclui questões metodológicas, relacionais e socioculturais, englobando o ponto de vista de quem ensina e de quem aprende, abrangendo a participação da família e da sociedade”. Bossa enfatiza que aplicar a Psicopedagogia no ambiente escolar vai além de lidar com aspectos acadêmicos. Ela envolve uma análise abrangente de metodologias, relações interpessoais e fatores socioculturais que influenciam o processo de ensino-aprendizagem. Essa abordagem considera tanto o ponto de vista de quem ensina quanto de quem aprende, destacando a importância de integrar a família e a sociedade nesse processo. Dessa forma, a Psicopedagogia busca criar um ambiente mais equilibrado e eficaz para o desenvolvimento educacional.
A intervenção psicopedagógica, historicamente, tem se voltado para assistência de pessoas com dificuldades de aprendizagem, abrangendo diagnósticos e terapias. Tradicionalmente, os alunos com desempenho acadêmico insatisfatório eram encaminhados ao psicopedagogo para compreender as causas de suas dificuldades, focando exclusivamente no aprendiz. No entanto, a atuação psicopedagógica evoluiu, ampliando sua atenção para o contexto em que a aprendizagem ocorre, incluindo fatores institucionais, metodológicos e relacionais. Essa abordagem integrada visa não apenas solucionar problemas individuais, mas também promover melhorias no ambiente escolar, promovendo um aprendizado inclusivo.
A atuação do psicopedagogo na escola é essencialmente preventiva, externa para identificar e minimizar dificuldades de aprendizagem. Suas funções incluem avaliar a formação dos professores, a adequação do currículo às necessidades dos alunos e a preparação docente para atender a essas demandas. Além disso, o psicopedagogo colabora com supervisores e orientadores pedagógicos, propondo intervenções que impactam o projeto político-pedagógico (PPP), como metodologias de ensino e como práticas de aprendizagem, garantindo um ambiente educacional mais eficiente.
Para Bossa (1994, p. 23): Cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, da própria ensinarem.
3. Contribuição do Psicopedagogo para o Desempenho Escolar
O psicopedagogo desempenha um papel crucial no desempenho escolar dos alunos ao identificar e intervir em dificuldades de aprendizagem de forma personalizada e preventiva. Sua atuação envolve orientar professores, ajustar estratégias pedagógicas e propor adaptações no currículo, sempre considerando as necessidades individuais dos alunos.
Por conseguinte, o psicopedagogo desempenha diversas funções em uma instituição escolar, como colaborar na elaboração de planos de aula para melhorar a compreensão dos alunos, contribuir na construção do projeto pedagógico, orientar professores no apoio a estudantes com dificuldades de aprendizagem e realizar diagnósticos institucionais para identificar problemas no processo educativo. Também pode encaminhar alunos a outros profissionais quando necessário, dialogar com os pais sobre o progresso escolar, mediar as relações entre a equipe escolar e fornecer suporte direto aos alunos, promovendo um ambiente educacional mais eficaz e colaborativo.
A psicopedagogia institucional possui um papel muito importante no sentido de cuidar de todos os processos de aprendizagem que acontecem no interior da escola. Isto significa dar conta dos processos de aprendizagem docentes e discentes, dos seus medos, preconceitos, dificuldades e facilidades que, articulados no conjunto, retratam a identidade de todo o grupo escolar (BASSEDAS, 1996, apud SILVA, 2012, pág.4).
Além disso, o psicopedagogo promove um ambiente de aprendizado inclusivo e acolhedor, trabalhando em parceria com a escola e a família para criar uma rede de apoio eficaz, que favoreça tanto o desenvolvimento cognitivo quanto emocional dos estudantes. Abaixo listamos algumas contribuições psicopedagógicas que favorecem o desempenho escolar.
Para complementação desse tópico acesse o link https://serpsicopedagoga.com.br/intervencao-psicopedagogica-no-ambiente-escolar/
3.1 Algumas Ações do Psicopedagogo Para o Bom Desempenho Escolar
Segundo Andréa e Patrícia (2011), cada um dos membros da instituição de ensino tem um papel para desempenhar. Observando e diagnosticando, o psicopedagogo elabora diversas condições que interferem favoravelmente na solução dos problemas que vão surgindo, “fazendo com que o ensinar e o aprender se tornem comprometidos”.
Segundo Nascimento (2013, pág.1 ), o psicopedagogo na instituição escolar (…) é o profissional indicado para assessorar e esclarecer a escola a respeito de diversos aspectos do processo de ensino-aprendizagem e tem uma atuação preventiva. Na escola, o psicopedagogo poderá contribuir no esclarecimento de dificuldades de aprendizagem que não têm como causa apenas deficiências do aluno, mas que são consequências de problemas escolares. Seu papel é analisar e assinalar os fatores que favorecem, intervêm ou prejudicam uma boa aprendizagem em uma instituição. Propõe e auxilia no desenvolvimento de projetos favoráveis às mudanças educacionais, visando evitar processos que conduzam às dificuldades da construção do conhecimento.
O papel do psicopedagogo é de grande importância na escola, atingindo “seus objetivos quando, ampliando a compreensão sobre as características e necessidades de aprendizagem de determinado aluno, abre espaço para que a escola viabilize recursos para atender às necessidades de aprendizagem” (NASCIMENTO, 2013).
– Identificar as Dificuldades de Aprendizagem
Para entender porque um aluno tem dificuldade de aprendizado, precisamos ver seu passado. Isso inclui a vida acadêmica e social. Precisamos saber como a aprendizagem escolar aconteceu. Vamos olhar as situações que o aluno enfrentou. E é importante ver como a influência desses momentos afetou o aprendizado.
É essencial que o psicopedagogo analise o aluno considerando todo o seu contexto, pois isso fornece uma compreensão mais profunda e abrangente dos fatores que influenciam o aprendizado. Essa análise deve abranger não apenas o desempenho escolar, mas também aspectos emocionais, sociais, familiares e culturais. Ao enxergar o aluno como um ser integral, o psicopedagogo pode identificar barreiras e potencialidades, oferecer intervenções personalizadas que favoreçam o desenvolvimento cognitivo, emocional e social, promovendo assim uma aprendizagem significativa e sustentável.
– Fazer Avaliação Psicopedagógica
Para Rubinstein (1996), o diagnóstico psicopedagógico pode ser comparado como um processo de investigação. Nesse processo, o psicopedagogo reproduz o papel do detetive à procura de vestígios, informações, selecionando-as criteriosamente e levando em consideração todos os aspectos que abarcam o processo de aprendizagem do indivíduo.
Avaliar um estudante com dificuldades de aprendizagem é muito importante. Isso ajuda a criar um plano feito especificamente para aquela pessoa. O psicopedagogo usa diversos métodos, estratégias e provas/teste qualitativos e quantitativos, para entender os problemas e necessidades do aluno.
– Fazer Parceria entre Família e Escola
De acordo com Soares e Sena (2012, p. 04): As crianças que apresentam dificuldades na escola, na compreensão de novas habilidades, estão correndo o risco de terem problemas nas diferentes áreas escolares e na vida em geral, no seu desenvolvimento cognitivo, social e afetivo, como um todo. Tais dificuldades são de grande importância, pois os problemas entre o potencial da criança e a sua execução, devem ser avaliados com cuidado por um profissional especializado em dificuldades de aprendizagem. Se ao papel da família acrescentássemos o papel da escola teríamos a formação de uma rede, pois ambas são responsáveis tanto pela aprendizagem como pela não aprendizagem do sujeito.
A citação de Soares e Sena (2012) destaca que as dificuldades de aprendizagem podem impactar profundamente as crianças, não apenas na escola, mas em seu desenvolvimento geral, abrangendo os aspectos cognitivos, sociais e emocionais. Essas dificuldades requerem avaliação cuidadosa por profissionais especializados para identificar as causas e promover decisões específicas. Além disso, a citação enfatiza a importância de uma parceria entre família e escola, formando uma rede de apoio compartilhada, já que ambas desempenham papéis fundamentais no sucesso ou fracasso do processo de aprendizagem.
Vigotsky (1991b), citado por Pinto (2008, p.37), afirma que a interação entre família e escola permite obter um total conhecimento da realidade do aluno, de como está se desenvolvendo, do que ainda necessita e de como deve ser orientado, tendo-se sempre como ponto de partida o diálogo, que deve permear todo o processo de aprendizagem.
“Escola e família são instituições diferentes e que apresentam objetivos distintos; todavia, compartilham a importante tarefa de preparar crianças e adolescentes para a inserção na sociedade, a qual deve ter uma característica crítica, participativa e produtiva” (OLIVEIRA; MARINHO-ARAÚJO, 2010).
A família hoje é mais que uma extensão de patrimônio e sobrenome. Sua conexão com a escola molda o sucesso do estudante. Juntos, pais, educadores e psicopedagogos buscam entender o aluno. Essa união cria planos de ação precisos para superar desafios na aprendizagem.
– Propiciar o Envolvimento Familiar
A família, além de ser o principal ambiente para o desenvolvimento do indivíduo, desempenha um papel crucial no processo de socialização e no desenvolvimento intelectual. Mesmo que esse aprendizado não seja formal como o escolar, ele é transmitido de geração em geração por meio de hábitos, saberes e comportamentos. Esses elementos moldam o indivíduo, influenciando sua formação pessoal e acompanhando-o ao longo de sua vida, destacando a importância do papel familiar como base para a construção de valores e conhecimentos essenciais.
Para Soares e Sena (2012, p. 03): A família desempenha um papel primordial no processo de aprendizagem dos alunos, pois muitas vezes os pais não querem enxergar a criança com as suas dificuldades. O vínculo afetivo é primordial para o bom desenvolvimento da criança. A atuação psicopedagógica se propõe a incluir os pais no processo de desenvolvimento dos seus filhos, por intermédio de reuniões e possibilitando o acompanhamento do trabalho realizado junto aos professores.
A presença da família é determinante na trajetória acadêmica do estudante. Compartilhando fragmentos do cotidiano, os pais ajudam a moldar um suporte eficaz. Assim, o psicopedagogo e a escola podem alinhar estratégias específicas, direcionando um cuidado personalizado.
– Colaborar com Professores
Do ponto de vista de Weiss (1991, p. 6), “a Psicopedagogia busca a melhoria das relações com a aprendizagem, assim como a melhor qualidade na construção da própria aprendizagem de alunos e educadores”.
Parafraseando Weiss, a atuação preventiva do psicopedagogo no contexto escolar deve abranger o trabalho com o corpo docente. Nesse âmbito, o profissional tem a oportunidade de orientar os professores sobre o desenvolvimento cognitivo dos alunos, relacionando-o aos fatores afetivos e ambientais que podem impactar, positiva ou qualitativamente, o processo de aprendizagem. Essa colaboração promove um ambiente mais consciente e eficaz para o aprendizado, auxiliando os educadores a compreenderem e responderem melhor às necessidades individuais dos estudantes.
Partilhar os conhecimentos com os professores é tão essencial quanto o apoio familiar, pois eles observam de perto o desenvolvimento dos alunos. Esta troca de informações gera um plano de ação completo. Nele, cada parte opera em conjunto, integrando conhecimento acadêmico com cuidados especializados.
– Coordenar Adaptações Curriculares
O psicopedagogo trabalha com os professores para adaptar o ensino às necessidades de cada estudante. Junto com os educadores, o psicopedagogo faz ajustes no currículo. Isso é feito para ajudar os alunos que acham mais difícil aprender. A ideia é que todos possam estudar de um jeito que faça sentido para eles.
Essas mudanças no plano de estudo fazem toda a diferença. Elas garantem que todos possam participar e aprender de acordo com o que precisam. Isso é muito importante para o ensino funcionar bem para todos. Com essas mudanças, o ensino fica mais inclusivo. Cada aluno é visto de maneira única. Assim, todos têm a chance de aprender como precisam, de acordo com o que já sabem.
– Utilizar Recursos e Materiais Didáticos
O psicopedagogo também escolhe os materiais de estudo. Ele procura por coisas que podem deixar o aprendizado mais interessante. Jogos, tecnologia e outros recursos são usados para ajudar no ensino.
Esses materiais são escolhidos pensando em como cada estudante aprende melhor. Dessa forma, o aprendizado se torna mais envolvente e eficaz para todos os alunos. Eles ajudam a desenvolver habilidades importantes de um jeito mais divertido.
– Inclusão e Acessibilidade
As dificuldades de aprendizagem sofrem com preconceitos e falta de informação. O psicopedagogo ajuda a quebrar essas barreiras, promovendo inclusão e acessibilidade na escola. Ele trabalha para conscientizar todos sobre a importância de oferecer uma educação de qualidade para cada estudante. Ele usa técnicas interventivas psicopedagógicas para diminuir o preconceito e tornar a educação inclusiva.
As escolas inclusivas necessitam de professores/ educadores e auxiliares de classe com formação continuada voltada ás necessidades dos educandos com limitações específicas de aprendizagem, pois sabemos, o quanto é significativo compreendermos a diversidade na teoria, para fazer a diferença na prática, onde ambas devem atuar juntas no processo de ensino-aprendizagem (Teoria X Prática). Com vistas á formação continuada, Correia 2008 destaca:
Os educadores, os professores e os auxiliares de ação educativa necessitam de formação específica que lhes permita perceber minimamente as problemáticas que seus alunos apresentam que tipo de estratégia deve ser consideradas para lhes dar resposta e que papel devem desempenhar as novas tecnologias nestes contextos. (CORREIA 2008, p. 28)
Montar um ambiente escolar onde todos são bem-vindos é um grande desafio. Mas é isso que o psicopedagogo faz: ele promove a compreensão e tira as barreiras que impedem a participação de todos, como as barreiras físicas e as atitudes excludentes.
Conclusão
A intervenção psicopedagógica é chave para melhorar o desempenho escolar de quem enfrenta dificuldades de aprendizagem. Ela ajuda a encontrar e superar problemas na educação. Além disso, cria planos especiais e junta esforços de família, escola e outros profissionais. Isso faz os estudantes se desenvolverem melhor em um ambiente educacional mais inclusivo e eficaz.
Por meio dela, é viável observar as dificuldades de aprendizagem e ajudar os alunos de modo especial. Através do acompanhamento psicopedagógico e uso de técnicas interventivas psicopedagógicas, reforçamos a participação desses alunos no ensino. Asseguramos, assim, que recebam uma educação de qualidade.
A intervenção psicopedagógica também ajuda a melhorar o desempenho escolar. Ela favorece um ambiente de ensino mais democrático e que promove o crescimento global dos alunos. Essa forma de trabalho, que é em equipe e atenta às necessidades de cada um, é primordial para que todos os estudantes possam atingir seus sonhos.
FAQ
O que é a intervenção psicopedagógica?
Quais são os objetivos da intervenção psicopedagógica?
Quais são os benefícios da intervenção psicopedagógica para os alunos?
Como é feita a avaliação psicopedagógica?
Quais são as principais estratégias de intervenção psicopedagógica?
Qual é o papel do psicopedagogo?
Como a família e a escola devem colaborar no processo de intervenção psicopedagógica?
Como a intervenção psicopedagógica contribui para a construção de um ambiente favorável à aprendizagem?
Como a intervenção psicopedagógica pode ajudar a superar barreiras e preconceitos em relação às dificuldades de aprendizagem?
Quais são os casos de sucesso da intervenção psicopedagógica?
Por que a formação continuada dos educadores é importante para a efetividade da intervenção psicopedagógica?
Links de Fontes
- https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/23/5/a-intervencao-psicopedagogica-na-superacao-das-dificuldades-de-aprendizado-no-ambiente-escolar
- https://repositorio.uninter.com/bitstream/handle/1/1004/AIMPOR~1.PDF?sequence=1&isAllowed=y
- https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/47/o-psicopedagogo-no-contexto-escolar-e-o-processo-de-aprendizagem-qual-a-relacao
- https://asetore.ifba.edu.br/etc/article/view/10/18
- https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/formacao-continua-educadores
- https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/570164/2/PSICOPEDAGOGIA E FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE_ REVISANDO A TEORIA E PRÁTICA.pdf
- BARBOSA LMS. A Psicopedagogia no âmbito da instituição escolar. Curitiba: Expoente; 2001.
- BOSSA, Nádia. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.
- CORREIA, L. M. Inclusão e necessidades educativas especiais: um guia para educadores e professores. 2. ed. Porto: Porto Editora, 2008.
- NASCIMENTO, F. D. do. O Papel do Psicopedagogo na Instituição Escolar. Mar/2013, 4p. Disponível em: http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/o-papel-dopsicopedagogo-na-instituicao-escolar.
- RUBINSTEIN, E. A intervenção psicopedagógica clínica. In: SCOZ, B. J. L. et al. Psicopedagogia: contextualização formação e atuação profissional. Porto Alegre: Artes médicas, 1991.
- WEISS, Maria L. L. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 1997.