Intervenção psicopedagógica clínica

A INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA E AS OFICINAS PSICOPEDAGÓGICAS

A Intervenção Psicopedagógica Clínica e as Oficinas Psicopedagógicas têm como objetivo central auxiliar o sujeito em seu processo de aprendizagem, promovendo o desenvolvimento integral e superando barreiras que comprometem o desempenho acadêmico. As Oficinas Psicopedagógicas são uma via de intervenção, e na visão de Grassi (2008, p. 153), para realizar uma oficina psicopedagógica, é necessário elaborar um planejamento cuidadoso para que se caracterize de fato como um espaço de construção e elaboração do conhecimento, um espaço de aprendizagem.

Inicialmente neste artigo iremos discorrer sobre o que é uma intervenção psicopedagógica clínica, os objetivos da intervenção e os benefícios. Posteriormente trataremos da definição de oficinas psicopedagógicas, do objetivo das oficinas, do que vem a ser uma oficina psicopedagógica como instrumento de intervenção e por fim o planejamento das oficinas segundo a autora Grassi.

O que é a Intervenção Psicopedagógica Clínica

A intervenção psicopedagógica clínica é um processo dinâmico e de mediação, que busca compreender e promover a evolução do sujeito em suas dificuldades de aprendizagem. Conforme Bossa (1994, p. 74 apud Feldmann, 2006, s/p), trata-se de um percurso contínuo e passível de revisões, com o objetivo de adaptar-se às necessidades específicas de cada indivíduo. Esse enfoque ressalta a importância de um acompanhamento individualizado, estruturado a partir de observações planejadas e instruções planejadas, capazes de transformar os desafios encontrados para possibilitar o desenvolvimento integral do aprendiz.

Do ponto de vista de Bossa (2019), as intervenções psicopedagógicas podem se traduzir em uma fala, um assinalamento, uma interpretação que o psicopedagogo realiza em indivíduos com déficit de aprendizagem, além de outros fatores específicos somados aos sinais apresentados por eles na escola e/ou no meio social., (…) sendo um dos principais objetivos da psicopedagogia a intervenção, realizando a mediação entre adolescentes, crianças ou adultos e os seus objetivos específicos de conhecimento. (BOSSA, 2019, p. 53).

A intervenção psicopedagógica clínica de acordo com Batalloso (2011), está voltada para a atenção na diversidade e tem como função proporcionar ajudas individuais necessárias para solucionar as dificuldades de aprendizagem, além de desenvolver  seu processo de amadurecimento pessoal a partir de suas características singulares.

A citação de Batalloso (2011) destaca a relevância da intervenção psicopedagógica clínica como uma prática centrada na individualidade do sujeito. Ao enfatizar a atenção à diversidade, a intervenção busca atender às necessidades específicas de cada aluno, oferecendo suporte personalizado para superar dificuldades de aprendizagem. Além disso, ela promove o amadurecimento pessoal, registrando as características singulares de cada indivíduo.

Desse modo, a intervenção psicopedagógica desempenha um papel essencial ao mediar o processo de ensino-aprendizagem, garantindo que as necessidades de desenvolvimento integral dos alunos sejam atendidas. Além de promover configurações pedagógicas adequadas ao contexto educacional, essa intervenção favorece a criação de estratégias que englobem os aspectos cognitivos, emocionais, sociais e culturais, facilitando o aprendizado de maneira personalizada. Pesquisas destacam que essa abordagem integrada contribui para reduzir dificuldades de aprendizagem e ampliar o engajamento dos alunos no ambiente escolar.

De acordo com Weiss (2015), a intervenção psicopedagógica busca levar o sujeito-aprendiz a construir sua aprendizagem de forma autônoma, tomando consciência do seu “poder aprender”, atingindo ao máximo de seu potencial, desenvolvendo o “aprender a aprender”, o “prazer em aprender” e construindo o verdadeiro “desejo de aprender”.

Assim, a citação de Weiss destaca que a intervenção psicopedagógica tem como objetivo principal capacitar o indivíduo para aprender de forma autônoma, despertando nele a consciência de sua capacidade de aprender. Isso envolve o desenvolvimento de competências como o “aprender a aprender”, que promove estratégias e habilidades para lidar com novos conhecimentos, e o “prazer em aprender”, que reforça o aspecto motivacional. Dessa forma, a psicopedagogia ajuda a atingir seu potencial máximo, cultivando um desejo genuíno e contínuo pelo aprendizado.

Perspectivas internacionais, como as de Feuerstein e Vygotsky, ressaltam que a mediação psicopedagógica é também uma forma de construir pontes entre o conhecimento prévio do aluno e novos aprendizados, por meio da interação social e da estimulação cognitiva.

Objetivos da Intervenção Psicopedagógica Clínica

O objetivo é olhar para o que atrapalha o aprendizado e desenvolvimento dos estudantes. Ela identifica dificuldades, olha para os motivos escondidos dessas dificuldades e cria ações especializadas para ajudar.

A Intervenção Psicopedagógica Clínica ajuda crianças e adolescentes a melhorar a aprendizagem. Seu trabalho é encontrar e resolver problemas no processo de conhecimento. Seus objetivos incluem: (1) ver o que está dificultando o aprendizado, (2) entender as causas dessas dificuldades, (3) criar formas de ajudar a superar as barreiras na escola, e (4) ajudar na evolução completa do estudante.

Benefícios da Intervenção Psicopedagógica Clínica

A intervenção psicopedagógica clínica traz vários benefícios para os indivíduos com dificuldades de aprendizagem, pois consiste em um conjunto de estratégias empregadas pelo psicopedagogo, visando melhorar o processo de aprendizagem e promover a autonomia e autoestima dos alunos.. Segundo Roeser e Eccles, essas pessoas frequentemente enfrentam baixa autoestima e problemas emocionais devido à sensação de inferioridade em relação aos colegas. A intervenção ajuda a resgatar a autoconfiança, trabalhando aspectos emocionais e comportamentais.

intervenção psicopedagógica clínica

Como expõe Silveira (2019), a intervenção psicopedagógica pode ser compreendida, como uma interferência realizada por um profissional da psicopedagogia em pessoas que apresentam dificuldades de aprendizagem. Por conseguinte, a intervenção psicopedagógica tem como propósito intervir no processo de aprendizagem, objetivando compreendê-lo, aprimorá-lo e cumprir padrões limitantes. Esse trabalho busca potencializar as habilidades do indivíduo, superar dificuldades de aprendizagem e promover mudanças significativas no desempenho escolar e na relação do sujeito com a aprendizagem.

Durante a intervenção psicopedagógica, é essencial adotar uma abordagem flexível, permitindo que aspectos inesperados sejam trabalhados conforme surjam ao longo das sessões. Nesta etapa, a criatividade do psicopedagogo desempenha um papel fundamental, pois facilita a elaboração de atividades que abordem as dificuldades do paciente de maneira lúdica e agradável.

O objetivo é despertar no paciente o interesse e o prazer pela aprendizagem, incentivando seu engajamento e contribuindo para o desenvolvimento de habilidades e competências de forma significativa e personalizada.

Na concepção de Brenelli, o uso de jogos e atividades lúdicas estimula o interesse e a motivação, ao mesmo tempo que aprimora habilidades cognitivas e facilita a aprendizagem, promovendo um desenvolvimento integral e prazeroso no processo interventivo e educativo.

A utilização de estratégias prazerosas é crucial para estimular a vontade de aprender, criando um ambiente que favoreça o desenvolvimento cognitivo, emocional e motivacional do indivíduo. A intervenção psicopedagógica clínica oferece muitos benefícios, tais como:

  • Identificação cedo e tratamento certo para problemas de aprendizagem;
  • Ajuda a entender as razões por trás das dificuldades do aluno;
  • Cria estratégias de intervenção feitas para cada um;
  • Fortalece habilidades essenciais, como cognitivas e sociais, para crescer bem;
  • Ajuda a melhorar notas na escola e a vida como um todo;
  • Contribui para um emocional mais equilibrado do aluno.

Definição de Oficina Psicopedagógica

De acordo com Grassi (2008, p. 18), define a oficina psicopedagógica como um local e um espaço de trabalho , onde aprendente e ensinante estabelecem um vínculo afetivo especial e uma relação dinâmica em que o conhecimento poderá ser construído, compartilhado, vivenciado, significado, mediado; a aprendizagem poderá ocorrer de modo significativo.

Grassi, em seu livro Oficinas Psicopedagógicas,  2.ª edição (2008, p. 22), diz que a “oficina se configura em um laboratório em que experiências de ensino e aprendizagem podem ser desenvolvidas, em que o conhecimento é mediado e significado, em que pensamentos e sentimentos podem ser experimentados e expressados. É o espaço privilegiado de produção de conhecimentos, estabelecimento de vínculos e aprendizagem”.

As oficinas psicopedagógicas são atividades estruturadas que integram elementos lúdicos, como jogos, música e dança, com o intuito de facilitar o processo de ensino-aprendizagem. Essas oficinas criam um ambiente de aprendizagem dinâmico e prazeroso, proporcionando aos alunos oportunidades para superar limitações acadêmicas e pessoais de maneira significativa.

Objetivos das Oficinas Psicopedagógicas

O principal objetivo das oficinas psicopedagógicas é contribuir para a aquisição de conhecimento de forma prazerosa, auxiliando os alunos a desenvolverem suas potencialidades e superarem dificuldades de aprendizagem. Ao incorporar atividades lúdicas, as oficinas facilitam a assimilação de conteúdos e promovem o desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos participantes.

Elas são planejadas para atender às necessidades específicas de cada indivíduo ou grupo, considerando suas particularidades e dificuldades no ato de aprender. Por meio de atividades lúdicas, dinâmicas e criativas, as oficinas buscam ampliar o repertório de estratégias de aprendizagem e estimular o interesse pelo conhecimento de forma prazerosa e significativa.

Resumindo, os objetivo das oficinas psicopedagógicas são para:

  • Facilitar a aprendizagem: Auxiliar os alunos a compreenderem e assimilarem conteúdos de forma mais efetiva.
  • Promover o desenvolvimento integral: Trabalhar habilidades cognitivas, emocionais e sociais.
  • Fortalecer a autoestima e a autonomia: Estimular a confiança no processo de aprendizagem.
  • Prevenir dificuldades de aprendizagem: Identificar e atuar nas necessidades dos alunos de forma precoce.

Oficinas Psicopedagógicas como Instrumento de Intervenção

Na apresentação do seu livro, Grassi (2008, p. 11), diz que vai abordar ao longo do texto, as oficinas psicopedagógicas como espaços privilegiados onde acontecem, de maneira dinâmica, a construção do conhecimento e a aprendizagem. Para compreender o que vem a ser oficinas psicopedagógicas, a autora inicia definindo o termo oficina, como um recurso de ensino, aprendizagem e vivência de experiências. Através delas é possível experimentar, criar, produzir, sentir, pensar, inventar, refazer, errar, corrigir, aprender e ensinar. O termo tem origem latina officina, a qual significa “lugar onde se exerce um ofício”.

De acordo com o autor Ander-Egg (1991, p.10), a oficina nos é apresentada e definida como “um lugar onde se trabalha, se elabora e se transforma algo para ser utilizado”, ressalta ainda que nesse local há a ação de “construir e reconstruir o conhecimento”, aprender por meio da produção conjunta.

Segundo Ander-Egg (1991), a oficina é caracterizada como um espaço dinâmico e criativo onde ocorre o trabalho de elaboração, transformação e utilização de algo. Essa definição enfatiza que o ambiente da oficina vai além do simples ato de transmitir conhecimento: é um lugar de construção e reconstrução, onde o aprendizado acontece de forma ativa e colaborativa. O autor destaca a importância da produção conjunta nesse processo, evidenciando que o aprendizado não é apenas individual, mas um resultado das interações, trocas e construções realizadas em grupo. Assim, a oficina se torna um instrumento psicopedagógico poderoso para promover o desenvolvimento individual e coletivo em aprendizado significativo.

As oficinas psicopedagógicas, conforme apresentadas por Tânia Mara Grassi em sua obra “Oficinas Psicopedagógicas”, Amazon, são atividades estruturadas que utilizam elementos lúdicos, como jogos, música e dança, com o objetivo de tornar o processo de ensino-aprendizagem mais prazeroso e eficaz. Essas oficinas permitem que os alunos superem limitações tanto dentro quanto fora da sala de aula, promovendo um ambiente de aprendizagem mais engajador.

As oficinas psicopedagógicas são ferramentas terapêuticas e preventivas que ajudam a enfrentar os desafios do processo psicoeducacional. Elas possibilitam a reinvenção das práticas pedagógicas, permitindo trabalhar com as necessidades específicas dos alunos e criar estratégias eficazes para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Do ponto de vista de Grassi (2008, p. 19), as oficinas não são exclusividades da psicopedagogia, pode-se encontrar em outras áreas e com temas diversos. O que caracteriza o trabalho desenvolvido em uma oficina é a relação de mediação entre o ensinante e o aprendente, a apresentação de situações-problema a serem resolvidos, a produção de algo e a possibilidade de refazer quando necessário.

“A oficina é um laboratório em que aprendentes e ensinantes, educandos e educadores, aprendizes e psicopedagogos, vivenciam e trocam papéis, experimentam, compartilham, arriscam, criam, constroem a relação e o conhecimento através de ações mediadas.” Grassi (2008, p. 19).

Grassi (2008, p. 21), expõe que o psicopedagogo pode utilizar a oficina psicopedagógica como recurso de avaliação psicopedagógica e/ou como recurso de intervenção psicopedagógica. Como recurso de intervenção, as oficinas psicopedagógicas oferecem aos educadores estratégias terapêuticas e preventivas que podem ser aplicadas em diversas séries e contextos educacionais. Essas atividades permitem que os professores reinventem suas práticas pedagógicas, atendendo às necessidades individuais dos alunos e estimulando o desenvolvimento de habilidades sociais, cognitivas e afetivas.

Além disso, essas oficinas têm a função de atuar como uma ferramenta de intervenção preventiva e corretiva, auxiliando na superação de barreiras no processo educacional. Ao proporcionar um ambiente acolhedor e estimulante, as oficinas psicopedagógicas contribuem para a construção da autoestima e para a autonomia do sujeito, promovendo maior confiança em suas capacidades. Assim, elas também servem para fortalecer habilidades interpessoais, como a comunicação, a resolução de problemas e o trabalho em equipe, elementos fundamentais para o desenvolvimento integral.

Desse modo, a oficina psicopedagógica utilizada na intervenção psicopedagógica é um recurso essencial que promove tanto o aprendizado quanto o desenvolvimento integral do sujeito, contribuindo para prevenir o agravamento de dificuldades ou para solucioná-las de maneira eficiente. Essa abordagem também favorece o aprimoramento das funções mentais superiores indispensáveis ao processo de aprendizagem, além de possibilitar a retomada de conteúdos escolares de forma interativa, lúdica e com significado para o indivíduo.

Por fim, as oficinas psicopedagógicas possibilitam que o aprendiz experimente diferentes formas de aprender, conectando-se com o conteúdo de maneira mais profunda e envolvente. Esse processo é mediado por estratégias que integram o aspecto lúdico ao pedagógico, promovendo um aprendizado significativo e conectado à realidade do sujeito. Dessa forma, as oficinas não apenas trabalham as dificuldades de aprendizagem, mas também despertam o prazer em aprender e transformam o ato de aprender em uma experiência enriquecedora e transformadora.

Rubinstein (1999) enfatiza que as atividades mediadoras propostas pelo psicopedagogo ou escolhidas pelo cliente desempenham um papel crucial na transformação das funções cognitivas e na postura do sujeito frente à aprendizagem. Essas dinâmicas criam oportunidades para o aluno refletir sobre seu estilo de aprender e como se relaciona com o conhecimento. O confronto com diferentes modalidades de atividades facilita a autoconsciência sobre o “como aprender” e o “como me conectar ao saber”, promovendo autonomia maior e engajamento no processo educacional.

Planejamento das Oficinas Psicopedagógicas nas Sessões Interventivas

Do ponto de vista de Grassi (2008, p. 153), para realizar uma oficina psicopedagógica, é necessário elaborar um planejamento cuidadoso para que se caracterize de fato como um espaço de construção e elaboração do conhecimento, um espaço de aprendizagem.

O planejamento das oficinas psicopedagógicas, segundo Grassi (2008), é um aspecto essencial para que essas se constituam em espaços de construção e aprendizagem. A organização cuidadosa e o planejamento garantem especificamente que o trabalho ocorra de maneira estruturada e eficaz. A autora apresenta um roteiro de planejamento dividido em três etapas fundamentais: sensibilização , desenvolvimento e fechamento . Essas fases são úteis como referência e podem ser adaptadas, desde que respeitem a estrutura básica proposta, garantindo que o objetivo principal seja alcançado.

Portanto, o planejamento das oficinas psicopedagógicas nas sessões interventivas deve considerar as características e necessidades específicas de cada grupo de alunos. É fundamental que o educador selecione atividades que promovam a interação, a criatividade e o engajamento dos participantes, garantindo que os objetivos pedagógicos sejam alcançados de maneira eficaz. Além disso, o planejamento deve ser flexível, permitindo ajustes conforme as respostas e progressos observados durante as sessões.

Grassi, ressalta que as oficinas psicopedagógicas são únicas, ou seja, não há modelos fixos ou padrões definitivos para sua execução. Os roteiros ou propostas apresentadas atuam como orientações flexíveis, oferecendo facilidade aos profissionais da prática psicopedagógica, mas sempre permitindo ajustes e personalizações conforme a necessidade do grupo ou do indivíduo atendido. A flexibilidade é essencial para adaptar as oficinas à realidade dos participantes e às exigências específicas do processo de intervenção.

A realização dessas oficinas pode ocorrer semanalmente ou quinzenalmente, tanto de forma individual quanto em grupos, dependendo dos objetivos propostos. Contudo, o ponto central de todo o trabalho desenvolvido é facilitar que os participantes desenvolvam um vínculo positivo com a aprendizagem. Ao proporcionar um ambiente seguro e acolhedor, o psicopedagogo permite que os sujeitos se engajem com o aprendizado de forma significativa, favorecendo a superação de dificuldades e promovendo o desenvolvimento integral.

Grassi (2008, p. 156) apresenta um roteiro para elaboração de um projeto de oficina
psicopedagógica, baseada na proposta de Macedo, Petty e Passos (2000):

  1. Tema ou título – qual o nome?
  2. Objetivos – o quê?
  3. Público – para quem?
  4. Materiais – com o quê?
  5. Adaptações – de que modo?
  6. Tempo – quando e quanto?
  7. Espaço – onde?
  8. Dinâmica – como?
  9. Papel do adulto – qual a sua função?
  10. Conteúdos – qual o recorte?
  11. Avaliação – qual o impacto produzido?
  12. Continuidade – o que será desenvolvido depois?

Rubinstein (1999) destaca que a intervenção psicopedagógica tem como foco principal o sujeito e sua relação com o aprendizado. O objetivo é auxiliar quem enfrenta dificuldades formais ou informais de aprendizagem, promovendo o interesse em aprender e o desenvolvimento das habilidades possíveis. A abordagem é personalizada, considerando as características individuais, os recursos do psicopedagogo e a dinâmica única entre terapeuta e cliente. A escolha e a aplicação das propostas terapêuticas, com significado para ambas as partes, são essenciais para alcançar as transformações desejadas.

Conclusão

A proposta apresentada por Grassi (2008) destaca-se pela flexibilidade e adaptabilidade, permitindo que as oficinas psicopedagógicas atendam a diferentes demandas e contextos. Seja no âmbito avaliativo, interventivo, preventivo ou terapêutico, essas oficinas se configuram como ferramentas valiosas para lidar com diversas naturezas de dificuldades, promovendo a aprendizagem e o desenvolvimento integral do sujeito. Essa abordagem aberta e dinâmica possibilita que o psicopedagogo adeque o planejamento às necessidades específicas de cada indivíduo ou grupo, potencializando os resultados e garantindo um processo mais efetivo e significativo. Assim, o trabalho psicopedagógico torna-se ainda mais relevante e alinhado às singularidades de cada caso.

FAQ

O que é a intervenção psicopedagógica clínica?

A intervenção serve para encontrar e resolver problemas de aprendizagem e emocionais. É feita com a ajuda de especialistas em psicologia, pedagogia e neurociência. Eles trabalham juntos para ajudar os alunos a aprender melhor e se sentirem bem.

Quais são os principais objetivos da intervenção psicopedagógica clínica?

Os objetivos principais são muitos. Incluem descobrir dificuldades de aprendizagem e entender suas causas. Também, criar formas de ajudar cada aluno e fortalecer suas habilidades emocionais.

Em quais situações a intervenção psicopedagógica clínica é necessária?

Ela é necessária quando um aluno tem dificuldades o tempo todo na escola. Também para crianças com sinais de transtornos de aprendizagem, ou se sentem mal emocionalmente e têm comportamentos estranhos.

Quais são as etapas da intervenção psicopedagógica clínica?

O processo tem três fases. Primeiro, há a avaliação para entender o problema. Depois, planeja-se a ajuda necessária. Por fim, coloca-se o plano em ação e acompanha-se o progresso.

Como a prevenção e o acompanhamento contínuo podem beneficiar a intervenção psicopedagógica clínica?

Prevenir problemas é sempre o melhor caminho. Para isso, é importante cuidar do emocional das crianças e ajudar os professores a entender as necessidades de cada aluno. Assim, problemas podem ser evitados ou lidados mais facilmente.

Quais são os principais benefícios da intervenção psicopedagógica clínica?

Ela traz vários benefícios. Como melhorar a identificação e tratamento de problemas de aprendizagem. Ajuda a entender melhor o aluno e a fortalecer suas capacidades. Isso resulta em um melhor desempenho na escola e em uma vida mais feliz e equilibrada.

Links de Fontes

  • https://blog.psiqueasy.com.br/2020/04/07/como-realizar-a-intervencao-psicopedagogica/
  • https://querobolsa.com.br/revista/intervencao-psicopedagogica
  • https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-intervencao-psicopedagogica-na-educacao-escolar.htm
  • BATALLOSO, Juan Miguel. Dimensões da orientação psicopedagógica. In: _______. Dimensões da psicopedagogia hoje: uma visão transdisciplinar. Tradução de Carla Higashi. Brasília: Liber Livro, 2011. cap. 7, p. 121-157.
  • BOSSA, Nadia. A psicopedagogia no Brasil. 5. ed, 113p. Editora Wak., 2019 ISBN: 978-85-7854-164-4.
  • BLUM, Emily Francisco et al. Da avaliação à intervenção psicopedagógica: um estudo de caso. In: Congresso Nacional da Educação, XI, 2013, Curitiba: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 23 a 26 set/2013.
  • GRASSI, T. M. Oficinas psicopedagógicas. 2 ed. Verif. e atual. Curitiba: Ibpex, 2008.
  • RUBINSTEIN, Edith. Da reeducação para a psicopedagoga, um caminhar. In:____ (Org.). Psicopedagogia: uma prática, diferentes estilos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999. cap. 01. p. 17-40.
  • SILVEIRA, Rafael da. O que faz um psicopedagogo institucional? Revista Práxis Pedagógica. vol. 2, nº 1, jan./mar. 2019.
  • Weiss, Maria Lucia Lemme. Intervenção psicopedagógica nas dificuldades de aprendizagem escolar/Maria Lucia Lemme Weiss; coordenação Alba Weiss. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2015.

Auxiliadora Lemos
Auxiliadora Lemos

Sou Auxiliadora Lemos. Professora e Psicopedagoga Clínica com mais de 18 anos de experiência na área. Esse espaço é dedicado a assuntos da Psicopedagogia, para guiar estudantes, recém-formados e profissionais que estão começando na área. Meu objetivo é oferecer suporte, compartilhar conhecimentos, dar dicas de recursos e facilitar a transição acadêmica à prática psicopedagógica. Vamos explorar juntos o fascinante universo do desenvolvimento humano e da aprendizagem!

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