Neurociência Educacional na Prática, você sabe como essa área pode ajudar na educação? Essa é a grande pergunta que vamos explorar. A neurociência ajuda a entender como o cérebro aprende. Ela mostra como podemos ensinar de maneira mais eficiente e personalizada para cada aluno.
A mudança na educação vem da união de várias disciplinas. Ela leva em conta o que o aluno aprende, sente e vive. O cérebro muda conforme a idade e o que aprendemos. A neurociência mostra como superar problemas como ler mal, ter dificuldade de focar e esquecer coisas.
A Neurociência Educacional/Neuroditádica e/ou Neuroeducação pode ampliar a visão dos educadores sobre a educação, bem como estimulá-los a utilizar novos recursos tecnológicos à disposição para uma gratificante e amorosa tarefa de formar cérebros pensantes, críticos, pesquisadores e curiosos.
O Que é Neurociência Educacional e Sua Importância no Ensino
A Neurociência Educacional , também chamada de neuroeducação ou neurodidática , é um campo interdisciplinar que une conhecimentos de neurociência, psicologia e educação para aprimorar os processos de ensino-aprendizagem. Ela considera as funcionalidades neurológicas, os mecanismos emocionais e outras características do cérebro para compreender o comportamento dos alunos e desenvolver práticas pedagógicas mais eficazes. Essa abordagem revolucionária busca aplicar descobertas científicas sobre o funcionamento cerebral na criação de métodos de ensino mais alinhados ao desenvolvimento cognitivo e emocional dos estudantes, promovendo uma aprendizagem mais eficiente e significativa.
Segundo Cosenza e Guerra (2011), a neurociência educacional, também denominada neuroeducação, investiga como o funcionamento cerebral influência o desenvolvimento cognitivo e a aquisição do conhecimento. Nesse sentido, Howard-Jones (2014) destaca que essa interface do saber visa integrar descobertas neurocientíficas às práticas pedagógicas, aprimorando métodos de ensino e aprendizagem. Conforme Tokuhama-Espinosa (2010), o campo ainda se encontra em construção, sem um consenso terminológico, mas com um objetivo comum: utilizar evidências científicas para potencializar a educação e melhorar os processos de ensino e aprendizagem. Diversos pesquisadores enfatizam a investigação em Neurociência aplicada à Educação. Sigman et al. (2014), em um artigo publicado na Nature Neurosciences, defendem a necessidade de maior investimento e esforços nessa área.
Do ponto de vista de Codea (2019, p. 131), a aplicabilidade da Neurociência na prática pedagógica é um desafio multidimensional que envolve primariamente a vontade do professor em melhor compreender sua prática e buscar formas de analisar e superar os diversos desafios da sala de aula.
A citação de Codea (2019) enfatiza que a aplicação da Neurociência na prática pedagógica não é um processo simples ou automático, mas sim um desafio multidimensional. Isso significa que sua implementação exige uma abordagem que considere diversos fatores, como o contexto educacional, os recursos disponíveis e a formação dos professores.
O autor destaca que o primeiro passo para essa integração é a vontade do professor em aprofundar seu conhecimento sobre como o cérebro aprende, a fim de melhorar sua prática pedagógica. Isso envolve tanto a compreensão dos processos cognitivos e emocionais dos alunos quanto a busca por estratégias inovadoras para superar os desafios encontrados na sala de aula. Dessa forma, a Neurociência pode contribuir para tornar o ensino mais eficiente e adaptado às necessidades dos estudantes, mas sua aplicação depende essencialmente do interesse e do envolvimento dos educadores em transformar sua prática.
Segundo Relvas ( 2014, p.145) o educador moderno, que se propõe a conhecer o funcionamento do cérebro em toda a sua complexidade e levar para sua práxis na sala de aula esta nova visão científico-pedagógica, que está sendo construída, tem a maior possibilidade de superar o fracasso e promover o sucesso escolar dos seus estudantes, pois pode compreender melhor como se ensinar, já que existem várias maneiras de aprender.
“No olhar neurocientífico, os atrasados não existem.” Relvas ( 2014, p. 144).
A citação de Relvas (2014), sugere que, do ponto de vista da Neurociência , não há indivíduos que estejam “atrasados” no aprendizado de forma definitiva. Ao mesmo tempo, cada pessoa possui um ritmo próprio de desenvolvimento, influenciado por diversos fatores, como genética, experiências de vida e estímulos do ambiente.
A Neurociência mostra que o cérebro é altamente plástico, ou seja, tem a capacidade de se adaptar, reorganizar e aprender ao longo de toda a vida. Isso significa que dificuldades no aprendizado não devem ser vistas como uma sentença fixa, mas sim como desafios que podem ser superados com instruções adequadas, metodologias diferenciadas e apoio pedagógico. Portanto, a visão neurocientífica valoriza a individualidade dos processos cognitivos e permite que todos possam aprender, desde que recebam os estímulos certos e no tempo necessário para cada um.
Fundamentos da Neurociência na Educação
A neurociência é uma área de estudo relacionada à medicina que trabalha na interface de várias outras áreas de estudo, tais como psicologia, pedagogia, biologia, anatomia, genética, fonoaudiologia, tecnologia, física, filosofia, entre tantas outras. Essa área estuda como o cérebro armazena e processa informações. Também analisa como emoções e estímulos sensoriais influenciam na aprendizagem. Isso permite que os professores ajustem suas aulas para atender melhor a cada aluno.
A neurociência é uma das áreas do conhecimento biológico que utiliza os achados de subáreas que a compõe, por exemplo, a neurofisiologia, a neurofarmacologia, o eixo psiconeuro-endoimuno, a psicologia
evolucionária, o neuroimageamento, a fim de esclarecer como funciona o sistema nervoso (Purpura, 1992; Purves et al., 1997; Kandel et al., 2000; Lent, 2001).
Cosenza e Guerra (2011, p. 142) esclarecem que “as Neurociências estudam os neurônios e suas moléculas constituintes, os órgãos do sistema nervoso e suas funções específicas, e também as funções cognitivas e o comportamento que são resultantes da atividade dessas estruturas”. Complementam expressando ser o cérebro responsável pela forma de processar a informação, armazenar e selecionar o conhecimento, e destacam que para que isso faz-se necessário compreender seu funcionamento e estratégias para melhorar seu desenvolvimento.
Segundo os autores, “o trabalho do educador pode ser mais significativo e eficiente quando ele conhece o funcionamento cerebral” (COSENZA e GUERRA, 2011, p. 143).
A neurociência educacional não se limita apenas à teoria, mas também tem aplicação prática nas salas de aula. Por meio da análise de técnicas e abordagens de ensino, os profissionais da educação podem adaptar seus métodos para melhor atender às necessidades dos alunos e criar um ambiente de aprendizagem eficaz.
Os avanços das neurociências permitem uma abordagem mais científica da educação, baseada na compreensão dos processos cognitivos envolvidos no ensino e aprendizagem (COSENZA & GUERRA, 2011, p.143). Assim, a citação destaca a contribuição das neurociências para a educação, permitindo uma compreensão mais profunda dos processos cognitivos envolvidos no ensino e na aprendizagem. Com os avanços nesse campo, os educadores podem basear suas práticas em evidências científicas sobre como o cérebro aprende, processa e retém informações. Isso possibilita o desenvolvimento de estratégias pedagógicas mais eficazes, considerando fatores como memória, atenção, emoções e neuroplasticidade, promovendo um ensino mais adaptado às necessidades individuais dos alunos.
Do ponto de vista de Relvas ( 2014, p. 24) a Neuroeducação se tornou uma ferramenta moderna e eficiente para o entendimento do funcionamento das bases neuropsicológicas da aprendizagem na construção e transformação do conhecimento. Vem sendo utilizada, tanto para reconhecer incapacidades de aprendizagem como para expandir conhecimentos específicos. E dentre suas variadas contribuições, instrumentalizar o educador a tornar o ato de aprender e estudar do seu estudante mais prazeroso e interessante, pois o cérebro só assimila as informações por meio de recursos metodológicos atraentes, instigantes, contextualizados e aplicados no dia a dia.
“É durante a aprendizagem que o cérebro se modifica aos poucos fisiológica e estruturalmente como resultado da experiência , reage aos estímulos do ambiente, onde a cada repetição, a cada estímulo, as informações são guardadas em diversas regiões do cérebro, solidificando as memórias de longo e curto prazo, que serão futuramente resgatadas para novos aprendizados.” Relvas ( 2014, p. 24).
Vejamos como o cérebro processa a aprendizagem. Durante uma aula, os estímulos recebidos pelo estudante são captados pelos órgãos dos sentidos e transmitidos ao cérebro, ativando redes de neurônios interconectadas, cada uma responsável por funções mentais essenciais para o aprendizado. A atenção filtra e direciona as informações mais relevantes, enquanto o cérebro atribui significado a elas. As emoções, por sua vez, impulsionam a motivação, favorecendo o planejamento de estratégias cognitivas por meio das funções executivas.
À medida que o estudante organiza, revisa, recorda e associa novos conteúdos, ele reativa circuitos neurais e fortalece a neuroplasticidade. Esse mecanismo gera mudanças nas conexões cerebrais, conhecidas como sinapses, consolidando as informações na memória de longo prazo. Dessa forma, a aprendizagem se estrutura no cérebro, convertendo experiências em conhecimento, competências e atitudes.

Benefícios da Integração entre Neurociência e Pedagogia
A integração entre neurociência e pedagogia tem se mostrado promissora para aprimorar os processos educacionais. Ao compreender os mecanismos cerebrais envolvidos na aprendizagem, educadores podem identificar dificuldades específicas dos alunos e aplicar estímulos adequados para maximizar suas capacidades cognitivas, mediando a aprendizagem de forma eficaz.
A neurociência oferece insights sobre conceitos como neuroplasticidade e funções nervosas superiores (atenção, memória, motivação, emoções e funções executivas), fundamentais para a aprendizagem. Ao articular esses conhecimentos com práticas pedagógicas, é possível desenvolver estratégias de ensino mais eficazes e adaptadas às necessidades dos alunos.
Além disso, a aplicação dos princípios neurocientíficos na educação pode contribuir para a qualidade do ensino, influenciando a didática pedagógica, a elaboração de currículos adequados e a qualificação dos professores. Essa abordagem permite uma compreensão mais profunda dos processos de ensino-aprendizagem, beneficiando tanto educadores quanto estudantes.
Embora a Neurociência esteja ligada à aprendizagem, o que precisa ficar claro é que seu papel não é empregar metodologias de ensino – como fazem os pedagogos – e nem é a solução para todos os problemas educacionais. Contudo, unir neurociência e pedagogia melhora muito o ensino. Isso leva a aulas mais dinâmicas e envolventes. Assim, os alunos retêm mais o que aprendem e ficam mais engajados. Essa abordagem também valoriza a individualidade de cada estudante.
De acordo com Guerra (2015), as neurociências são ciências naturais que descobrem os princípios da estrutura e do funcionamento neural, proporcionando a compreensão dos fenômenos observados. A educação tem outra natureza, e sua finalidade é a de criar condições, estratégias pedagógicas, ambiente favorável, infraestrutura material e recursos humanos que atendam a um objetivo específico – por exemplo, o desenvolvimento de competências pelo aprendiz.
Ao conhecer o funcionamento do Sistema Nervoso, os profissionais da educação podem desenvolver melhor seu trabalho, fundamentar e melhorar sua prática diária, com reflexos no desempenho e na
evolução dos alunos. Podem interferir de maneira mais efetiva nos processos do ensinar e aprender, sabendo que esse conhecimento precisa ser criticamente avaliado antes de ser aplicado de forma
eficiente no cotidiano escolar. Os conhecimentos agregados pelas Neurociências podem contribuir para um avanço na educação, em busca de melhor qualidade e resultados mais eficientes para a
qualidade de vida do indivíduo e da sociedade (COSENZA; GUERRA, 2011, p.145).
Portanto, a integração entre neurociência e pedagogia é fundamental para aprimorar os processos educacionais, pois permite uma compreensão mais profunda dos fenômenos cognitivos envolvidos na aprendizagem. Esse conhecimento possibilita que educadores revisitem e aprimorem suas práticas pedagógicas, tornando-as mais eficazes e adaptadas às necessidades dos alunos. Dessa forma, a neurociência contribui para a ressignificação dos objetivos de aprendizagem, a reformulação de estratégias didáticas e a melhoria dos mecanismos de avaliação, promovendo um ensino mais inclusivo e baseado em evidências científicas.
Fundamentos da Neurociência | Benefícios da Integração | Impacto no Desenvolvimento Cognitivo |
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Como o Cérebro Processa a Aprendizagem
O aprender e o lembrar do estudante ocorre no seu cérebro. Conhecer como o cérebro funciona não é a mesma coisa do que saber qual é a melhor maneira de ajudar os alunos a aprender. A aprendizagem e a educação estão intimamente ligados ao desenvolvimento do cérebro, o qual é moldável aos estímulos do
ambiente (Fischer & Rose, 1998). Os estímulos do ambiente levam os neurônios a formar novas sinapses. Assim, a aprendizagem é o processo pelo qual o cérebro reage aos estímulos do ambiente, ativando sinapses, tornando-as mais “intensas”.
A aprendizagem ocorre graças aos mecanismos cerebrais que possibilitam processos cognitivos essenciais, como atenção, memória, processamento de informações e linguagem. Além disso, ela é impulsionada pela capacidade do cérebro de se modificar em resposta a estímulos externos, fenômeno conhecido como neuroplasticidade. Como destaca Lent (2015, p. 112), o cérebro pode alterar sua função ou estrutura conforme as influências ambientais que recebe. No contexto escolar, essas influências se manifestam por meio das atividades, metodologias e exercícios propostos pelo professor. A eficácia desses estímulos depende da organização das tarefas, dos objetivos de ensino e da preparação dos alunos para sua execução.
Há um conjunto de operações realizadas pelo cérebro que fazem parte do processo de aprendizagem e que devem ser consideradas pelo professor ao fazer seus planejamentos e conduzir suas aulas. O cérebro segue uma trajetória específica para transformar estímulos externos em conhecimento consolidado. Esse processo ocorre em várias etapas interconectadas:
- Recepção dos Estímulos
- A informação chega ao cérebro por meio dos órgãos dos sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar).
- Diferentes áreas cerebrais são ativadas para processar esses estímulos sensoriais.
- Atenção e Seleção de Informações
- O córtex pré-frontal, responsável pelas funções executivas, direciona a atenção para os estímulos mais relevantes.
- O cérebro filtra informações e elimina aquelas consideradas irrelevantes.
- Atribuição de Significado
- O hipocampo e outras áreas do sistema límbico associam as novas informações a conhecimentos pré-existentes.
- As emoções, reguladas pela amígdala, influenciam a motivação e a retenção das informações.
- Planejamento e Estratégias de Aprendizagem
- As funções executivas, como organização, análise e síntese, entram em ação para estruturar o aprendizado.
- O cérebro busca padrões e cria conexões neurais para facilitar a compreensão.
- Reforço e Consolidação da Memória
- A repetição e a recuperação ativa da informação fortalecem as conexões sinápticas, promovendo a neuroplasticidade.
- O hipocampo transfere as informações relevantes para o córtex cerebral, onde são armazenadas na memória de longo prazo.
- Aplicação e Generalização do Conhecimento
- O aprendizado é consolidado quando o indivíduo aplica os novos conhecimentos em diferentes contextos.
- A experiência prática fortalece as conexões neurais e permite a adaptação a novas situações.
Esse percurso demonstra como o cérebro é dinâmico e adaptável, ajustando-se constantemente para processar e armazenar informações de forma eficiente. O cérebro humano é incrível, capaz de armazenar e recuperar muitas informações. A neurociência estuda como isso acontece. Ela mostra como o cérebro aprende.
A neurociência cognitiva explora como experiências sensoriais se tornam conhecimento. Coisas como emoção e motivação são muito importantes. Elas afetam como aprendemos e lembramos. A motivação ajuda a despertar o interesse em aprender. O cérebro foca em coisas que têm significado para nós. Isso ajuda os professores a ensinar melhor, seguindo a neuroeducação.
Princípios da Neuroeducação | Impacto na Aprendizagem |
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Estimular os sentidos | Melhora a atenção e a memorização |
Despertar a curiosidade | Aumenta a motivação e o engajamento |
Promover a colaboração | Desenvolve habilidades sociais e cognitivas |
Fornecer feedback constante | Reforça a aprendizagem e a autoconfiança |
A neurociência educacional pode influenciar a forma como as escolas são projetadas, considerando a importância do ambiente físico e social na aprendizagem do aluno. A criação de espaços de aprendizagem flexíveis e estimulantes, onde os alunos se sintam seguros e motivados, pode contribuir para um melhor desempenho acadêmico.
Conforme Fonseca: “O professor tem o dever de preparar os estudantes para pensar, para aprender a serem flexíveis, ou seja, para serem aptos a sobreviver na nossa aldeia de informação acelerada (Fonseca, 1998, p. 315)”.
A citação de Fonseca (1998) destaca o papel essencial do professor na formação de alunos preparados para enfrentar os desafios do mundo moderno. Ele enfatiza que o ensino deve ir além da mera transmissão de conteúdos, estimulando o pensamento crítico, a flexibilidade cognitiva e a capacidade de adaptação. Assim, a educação precisa ser dinâmica e baseada em estratégias que favoreçam a construção do conhecimento, preparando os alunos para a complexidade da sociedade atual.
Metodologias Ativas Baseadas na Neurociência
Segundo Codea (2019, p. 107), metodologias ativas de ensino-aprendizagem são um conjunto de metodologias que tem como base comum a problematização e solução de problemas, por meio de jogos, atividades lúdicas e desafios. Neste quadro, o papel do professor é o de ser um organizador e articulador do conhecimento, enquanto o papel do aluno, em vez de se tornar um mero espectador e reprodutor, passa a ser o de construtor, modificador e integrador das ideias e conteúdos que envolvem a aprendizagem.
As metodologias ativas possibilitam os alunos a se envolverem ativamente no processo de aprendizagem, protagonizando atividades que estimulam a reflexão, a colaboração e a aplicação do conhecimento adquirido na prática, ou seja, “o aluno, ao participar de uma aula que adota uma metodologia ativa, se desloca de sua postura tradicional, outrora passiva” (Grossi; Lopes; Baia, 2023, p. 82).
Essas metodologias envolvem estratégias pedagógicas que “colocam os alunos no centro do processo de aprendizagem, valorizando seus diferentes estilos de aprendizagem” (Grossi; Chamon, 2020, p. 96).
As metodologias ativas usam a neurociência aplicada para criar atividades variadas. Elas incentivam os alunos a aprender e criar por conta própria. Essas práticas fazem com que a aprendizagem seja mais dinâmica e eficaz. Existem inúmeros recursos de atividades listados na literatura como metodologias ativas. Portanto, o desafio, a criatividade e a construção do conhecimento são os carros-chefe de tais metodologias (MORÁN, 2014).
A importância da participação ativa dos alunos na aprendizagem é enfatizada por Amaral e Guerra (2022), que expõem a necessidade de envolver os alunos diretamente no conteúdo ensinado para que a aprendizagem seja mais efetiva. Desta maneira, as metodologias ativas oferecem um leque de estratégias que são mais que simples transmissão de informações.
Bacich (2018) explica que as metodologias ativas abrangem uma variedade de abordagens, como a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), a Sala de Aula Invertida, entre outras. Essas abordagens têm ênfase na participação ativa dos alunos e na contextualização dos conteúdos, tornando o processo de aprendizagem mais significativo e engajador
Práticas como Aprendizagem Cooperativa, Gamificação, Cultura Maker (baseada nos princípios do “do it yourself” ou “faça você mesmo“), Aprendizado por Problemas, Estudos de Casos, Sala de Aula Invertida, Aprendizado por Projetos, Pesquisas de Campo e tantas outras atividades são essenciais. Elas ajudam a engajar os alunos e a desenvolver a autonomia. Essa forma de ensinar se tornou ainda mais importante durante a pandemia. Ela permite a educação híbrida, online e remota.
Segue um vídeo que fala sobre a Metodologia ativa. Veja esse vídeo do canal da Faculdade Sudoeste – Unigrad, sobre METODOLOGIAS ATIVAS DE APRENDIZAGEM E NEUROCIÊNCIA https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=QlwImCaxFHs
FAQ
O que é neurociência educacional?
Quais são os benefícios da integração entre neurociência e pedagogia?
Como o cérebro processa a aprendizagem?
Qual o papel das emoções na aprendizagem?
Quais estratégias podem estimular o cérebro na aprendizagem?
Como as metodologias ativas baseadas na neurociência podem beneficiar o processo de ensino-aprendizagem?
Links de Fontes
- https://portalconteudoaberto.com.br/educador/neurociencia-na-educacao/
- https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942017000100011
- https://ojs.focopublicacoes.com.br/foco/article/download/2303/1581/4554
- https://jornal.usp.br/campus-ribeirao-preto/a-neurociencia-surge-como-instrumento-para-melhorar-a-educacao-e-torna-la-mais-eficaz/
- https://diarioescola.com.br/neurociencia-e-educacao-entenda-como-se-relacionam/
- https://porvir.org/os-caminhos-da-aprendizagem-como-o-cerebro-funciona/
- https://www.scielo.br/j/lh/a/WxWZyx5QYLrphPvFV5PGrTk/
- https://fazeducacao.com.br/metodologias-ativas-pratica-modelos-aulas/
MARAL, A.L. N.; GUERRA, L.B.Neurociências e educação: olhando para o futuro da aprendizagem. Brasília: SESI/DN, 2022
BACICH, L. Formação continuada de professores para o uso de metodologias ativas. In: BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
CODEA, André. Neurodidática: fundamentos e princípios. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2019.
COSENZA, Ramon M. Neurociência e educação: como o cérebro aprende / Ramon M. Cosenza, Leonor B. Guerra. – Porto Alegre: Artmed, 2011.
GROSSI, M.G.R.; LOPES, M.P.; BAIA, F.J.Discutindo o uso das Metodologias Ativas na Educação a Distância. Revista Paidei@, UNIMES Virtual, v. 15, n. 27, p. 78-97, abr. 2023.
LENT, Roberto. Neuroplasticidade. In: LENT, Roberto (Org.). Neurociência da mente e do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. p. 241-252.